sábado, 24 de novembro de 2012

Dar não é fazer amor!


Dar é dar.
Fazer amor é lindo,
é sublime,
é encantador,
é esplêndido,
mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa
que alguém te puxa os cabelos da nuca,
te chama de nomes que eu não escreveria,
não te vira com delicadeza,
não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.

Dar sem querer casar,
sem querer apresentar pra mãe,
sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque
o cara te esquenta a coluna vertebral,
te amolece o gingado, te molha o instinto.

Dar porque
a vida de uma publicitária em começo de carreira
é estressante, e dar relaxa.

Dar porque
se você não der para ele hoje,
vai dar amanhã, ou depois de amanhã.

Dar sem esperar ouvir promessas,
sem esperar ouvir carinhos,
sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.

Dar é não ganhar.
É não ganhar
um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro
quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar,
para apresentar pra mãe,
pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que cê acha amor?".

Dar é inevitável,
dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda,
muito mais do que qualquer coisa,
uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa,
cura o mau humor,
ameniza todas as crises e faz você flutuar

Mas... experimente ser amada."


Autor: Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Só macho beta tem medo de mulher alfa!


Tenho um amigo que me chama de feminista... Aliás, um só não, vários. E quando vejo esses amigos me analisando dessa forma, costumo pensar o seguinte: ah, se vocês soubessem o quanto têm que aprender com relação ás mulheres, o fariam o mais rápido possível! Pois bem... Uma coisa é ser tachada de feminista por homens que acham que entendem de mulheres, mas que na verdade precisam aprender, e muito sobre nós. Outra, é achar um texto como esse, escrito por um homem, e ter que tirar o chapéu pro cara, ainda que sem conhecê-lo, pois foi lendo esse texto, que compreendi que ainda que raros, existem homens capazes de entender a nova safra de mulheres que despontam neste século, e que com certeza, já fazem e farão toda diferença!!! Desta forma, só posso deixar aqui, meus sinceros parabéns ao autor do texto Ricardo Coiro. Segue o texto na íntegra:


Machos do meu Brasil, do mundo e de Marte, afivelem bem os cintos, pois a mulher alfa acaba de assumir o volante de vez. Esse exemplar de fêmea Mega Power² não aceita ter uma bunda gostosa que só serve para rebolar, muito menos quer ostentar nádegas eternamente passivas, destinadas sempre ao banco de passageiros. Ela agora está no controle. Pilota sem medo um conversível furioso, passando rímel enquanto faz uma baliza perfeita. Quebra todos os limites impostos pelo machismo de museu e, com toda certeza, não pisará no freio, mesmo que o Vin Diesel, aos prantos e aterrorizado, peça para sair.

Ela possui um poder notável, capaz de fazer o Capitão Nascimento parecer um mero usuário de fraldas. Ela transpira rios de segurança, mas nem por isso borra um milímetro sequer da maquiagem feita com a maestria de um pintor renascentista, enquanto simultaneamente amamenta gêmeos, lê o jornal do dia, joga sinuca e ainda planeja dominar o mundo. Sim, as mulheres alfa um dia farão com que a Terra seja conhecida como “planeta rosa”, ao invés de planeta azul.

A mulher alfa gosta dos homens, claro que gosta, mas aprendeu muito bem a não depender deles, para nada. Elas trocam pneu sem descer do salto. Abrem o vidro de azeitona com a ajuda de tutoriais científicos do YouTube. Criam técnicas femininas para sobrevivência na selva, sendo capazes de quebrar cocos com o auxílio do salto agulha e de fazer fogo utilizando apenas um laquê. Sem contar que elas geralmente dominam as mais cruéis modalidades de defesa pessoal e, ao menor sinal de ameaça, extinguem testículos com a mesma facilidade de quem estoura um plástico bolha.

Elas chegaram lá, no topo da aparentemente imutável cadeia alimentar e, para isso, não precisaram injetar nem uma gota de testosterona nas veias. Nem mesmo recorreram aos bigodes postiços ou tiveram que prender o cabelo e escondê-lo dentro da cartola. As mulheres alfa assumiram a presidência, a direção, os campos de futebol, os ringues e qualquer lugar antes só destinado aos homens, mas nunca, por nada, abriram mão daquela feminilidade que tanto amamos.

Hoje elas tomam uísque sem gelo, mas nem por isso deixaram de se derreter quando se deparam com um filhotinho de labrador. Hoje, elas seguram firme a rédea de uma empresa multinacional, mas lindamente não conseguem segurar as lágrimas quando o mocinho, enfim, pede a mocinha em casamento no cinema. Hoje, elas não têm o menor medo de lutar com unhas e dentes por direitos iguais, mas felizmente, ainda pulam em nosso colo e nos agarram forte quando encontram uma barata, um grilo, um rato, um morcego, um besouro, uma formiga ou até uma mariposa. Não porque precisam – apenas porque querem.

Vejo muitos homens dizendo por aí que ainda preferem as mulheres submissas, dessas quase escravas. Barbados que vivem defendendo o retrocesso e a volta das mulheres de Atenas, que viviam, secavam e morriam pelos maridos. Na minha humilde opinião, tais homens só gostam dessas “Amélias”, pois só ao lado delas conseguem fingir que são machos alfa e líderes de alguma coisa, quando na verdade eles não passam de homens Zeta, lotados de insegurança e frustrações. Eternos bundões que nunca conseguiram nem o cargo de chefe dos escoteiros e que passaram a vida toda sofrendo pela desobediência do próprio cachorro.

Eu não quero uma mulher que dependa de mim, não preciso disso para fingir que sou superior a alguma coisa. Eu quero mesmo é admirar a mulher que estiver ao meu lado, ou à minha frente, por que não? Quero aprender com ela também, não apenas ensinar. Quero olhar nos olhos dela, enquanto ela me conta como foi o dia e pensar: “Caralho, como é que ela é capaz de fazer tudo isso e ainda consegue me fazer tão feliz?”.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Relacionamento


Esse texto do Arnaldo Jabor caiu como uma luva pra mim, pelo momento que estou passando... É realmente interessante, e vale á pena ler, porque nos faz refletir acerca de situações que envolvem relacionamentos, dos quais todos nós em algum momento da vida já passamos ou teremos de passar. Espero que gostem...


Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...
Não deu? Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam..
Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele c/alguém, até o papai e mamãe + básico é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Senão bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?"

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Conte até dez... A raiva passa, a vida fica!

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) lançou hoje a Campanha intitulada “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, que tem como objetivo promover a reflexão dos brasileiros sobre os homicídios que são cometidos por impulso e por motivos fúteis. Ah, mas e o que eu tenho a ver com isso, você pode estar se perguntando neste exato momento! Coleguinhas, é o seguinte: achei essa campanha mais que interessante, e me fez refletir muito, aliás, creio que exatamente por ter passado uma situação muito chata hoje no trânsito.



Eu estava a caminho da minha casa, para ir almoçar. O trânsito aqui na minha cidade, que costumo chamar de "Hortohell", (sim, porque atualmente nossa cidade está um verdadeiro inferno), está completamente caótico! Em horários de pico então, há dias em que a situação fica insuportável. Mas enfim, como eu estava dizendo, estava eu, linda e feliz dirigindo o meu carrinho a caminho de casa, quando entrei em uma das ruas mais movimentadas aqui do centro, justamente num dia em que a bendita estava recebendo faixas de sinalização. Eu morrendo de fome, com certa pressa em chegar em casa, claro, quando me deparo com um demente descendo a rua á marcha ré...

O pior de tudo, o cara vinha numa velocidade ferrenha, e com certeza não tinha visto meu carro no seu retrovisor. Qual foi então a minha reação? Óbvio, automaticamente meti a mão na buzina, pra alertar o "motorista fodão e distraído", que além de estar errado por fazer uma manobra arriscada, ele poderia causar algum acidente. Mas não, ele não só não admitiu o erro, como começou a me xingar de tudo que era nome.  
— Em nome de Jah!!! Pára tudo!!! Eu pensei comigo: filho de uma boa mãe, se eu tivesse uma arma, esse cara morria agora mesmo.

Deixei o babaca ir embora, apenas olhei pra cara dele e lancei um sorrisinho sarcástico de como quem diz: "vai trouxa, isso; você realmente deve estar muito desesperado, ou vai tirar o pai da forca, pra poder estar fazendo essa merda toda"! Logicamente que na minha cabeça, eu tava matando o cara naquele momento. Mas voltei á realidade e refleti: 
— o que vai adiantar eu tentar bater boca com um infeliz desse? Isso vai me fazer sentir melhor? E se o cara é quem tiver uma arma? Talvez ele desça do carro, me dê um tiro bem no meio das minhas fuças, e quem morre sou eu...

Deus me livre! Ainda bem, vai saber se não fosse realmente esse o caso. Eu é que não queria pagar pra ver. Confesso que não sou muito calminha em relação á barbeiragem no trânsito. Tá, ok, todo mundo comete uma em algum momento da vida, inclusive eu. Mas justamente hoje, ao invés de revidar os xingamentos que eu recebi, eu apenas sorri e acenei. Ah, e ainda fiz cara de paisagem! Bem, mas o que de fato quero dizer, é que a situação que vivi hoje, foi apenas um exemplo. Quantas mortes no trânsito são causadas por motivos fúteis, por que alguém cometeu uma graça, ou um erro infeliz, e o outro foi lá, bateu boca e... PUM!!! Tomou um tiro no meio da cara, de graça, por bobeira!
Minha sorte que hoje eu estava em uma sintonia diferente do cara da barbeiragem. Eu percebi pelo rosto dele que ele estava super nervoso, e eu, bem, hoje graças ao bom Deus estava “zen”, coincidentemente ouvindo uma música que adoro “Come as you are” do Nirvana, uma das minhas bandas preferidas!

Viu a diferença? Claro né? Porque se eu tivesse batido boca com o cara, ou entrado na sintonia dele, poderia talvez ter aumentado as estatísticas de morte no trânsito por violência, e simplesmente não ter escrito esse texto! Então é isso queridos. Vamos refletir se vale á pena desprender uma grande quantidade de energia, ficar irado, bater boca, começar uma discussão por motivos banais. Você vai ficar azedo, seu dia vai ficar torto e cinza, e você, claro, você não vai se sentir bem, sem contar que vai passar por papel de idiota. Relaxa! Conte até dez... até cem... até mil se for preciso, mas lembre-se: a raiva passa, e a vida fica! Afinal, é tão bom viver não?