quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Conte até dez... A raiva passa, a vida fica!

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) lançou hoje a Campanha intitulada “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, que tem como objetivo promover a reflexão dos brasileiros sobre os homicídios que são cometidos por impulso e por motivos fúteis. Ah, mas e o que eu tenho a ver com isso, você pode estar se perguntando neste exato momento! Coleguinhas, é o seguinte: achei essa campanha mais que interessante, e me fez refletir muito, aliás, creio que exatamente por ter passado uma situação muito chata hoje no trânsito.



Eu estava a caminho da minha casa, para ir almoçar. O trânsito aqui na minha cidade, que costumo chamar de "Hortohell", (sim, porque atualmente nossa cidade está um verdadeiro inferno), está completamente caótico! Em horários de pico então, há dias em que a situação fica insuportável. Mas enfim, como eu estava dizendo, estava eu, linda e feliz dirigindo o meu carrinho a caminho de casa, quando entrei em uma das ruas mais movimentadas aqui do centro, justamente num dia em que a bendita estava recebendo faixas de sinalização. Eu morrendo de fome, com certa pressa em chegar em casa, claro, quando me deparo com um demente descendo a rua á marcha ré...

O pior de tudo, o cara vinha numa velocidade ferrenha, e com certeza não tinha visto meu carro no seu retrovisor. Qual foi então a minha reação? Óbvio, automaticamente meti a mão na buzina, pra alertar o "motorista fodão e distraído", que além de estar errado por fazer uma manobra arriscada, ele poderia causar algum acidente. Mas não, ele não só não admitiu o erro, como começou a me xingar de tudo que era nome.  
— Em nome de Jah!!! Pára tudo!!! Eu pensei comigo: filho de uma boa mãe, se eu tivesse uma arma, esse cara morria agora mesmo.

Deixei o babaca ir embora, apenas olhei pra cara dele e lancei um sorrisinho sarcástico de como quem diz: "vai trouxa, isso; você realmente deve estar muito desesperado, ou vai tirar o pai da forca, pra poder estar fazendo essa merda toda"! Logicamente que na minha cabeça, eu tava matando o cara naquele momento. Mas voltei á realidade e refleti: 
— o que vai adiantar eu tentar bater boca com um infeliz desse? Isso vai me fazer sentir melhor? E se o cara é quem tiver uma arma? Talvez ele desça do carro, me dê um tiro bem no meio das minhas fuças, e quem morre sou eu...

Deus me livre! Ainda bem, vai saber se não fosse realmente esse o caso. Eu é que não queria pagar pra ver. Confesso que não sou muito calminha em relação á barbeiragem no trânsito. Tá, ok, todo mundo comete uma em algum momento da vida, inclusive eu. Mas justamente hoje, ao invés de revidar os xingamentos que eu recebi, eu apenas sorri e acenei. Ah, e ainda fiz cara de paisagem! Bem, mas o que de fato quero dizer, é que a situação que vivi hoje, foi apenas um exemplo. Quantas mortes no trânsito são causadas por motivos fúteis, por que alguém cometeu uma graça, ou um erro infeliz, e o outro foi lá, bateu boca e... PUM!!! Tomou um tiro no meio da cara, de graça, por bobeira!
Minha sorte que hoje eu estava em uma sintonia diferente do cara da barbeiragem. Eu percebi pelo rosto dele que ele estava super nervoso, e eu, bem, hoje graças ao bom Deus estava “zen”, coincidentemente ouvindo uma música que adoro “Come as you are” do Nirvana, uma das minhas bandas preferidas!

Viu a diferença? Claro né? Porque se eu tivesse batido boca com o cara, ou entrado na sintonia dele, poderia talvez ter aumentado as estatísticas de morte no trânsito por violência, e simplesmente não ter escrito esse texto! Então é isso queridos. Vamos refletir se vale á pena desprender uma grande quantidade de energia, ficar irado, bater boca, começar uma discussão por motivos banais. Você vai ficar azedo, seu dia vai ficar torto e cinza, e você, claro, você não vai se sentir bem, sem contar que vai passar por papel de idiota. Relaxa! Conte até dez... até cem... até mil se for preciso, mas lembre-se: a raiva passa, e a vida fica! Afinal, é tão bom viver não?








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