sábado, 24 de novembro de 2012

Dar não é fazer amor!


Dar é dar.
Fazer amor é lindo,
é sublime,
é encantador,
é esplêndido,
mas dar é bom pra cacete.

Dar é aquela coisa
que alguém te puxa os cabelos da nuca,
te chama de nomes que eu não escreveria,
não te vira com delicadeza,
não sente vergonha de ritmos animais.

Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.

Dar sem querer casar,
sem querer apresentar pra mãe,
sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.

Dar porque
o cara te esquenta a coluna vertebral,
te amolece o gingado, te molha o instinto.

Dar porque
a vida de uma publicitária em começo de carreira
é estressante, e dar relaxa.

Dar porque
se você não der para ele hoje,
vai dar amanhã, ou depois de amanhã.

Dar sem esperar ouvir promessas,
sem esperar ouvir carinhos,
sem esperar ouvir futuro.

Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para as mais desavisadas, talvez anos.
Mas dar é dar demais e ficar vazia.

Dar é não ganhar.
É não ganhar
um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro
quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar,
para apresentar pra mãe,
pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que cê acha amor?".

Dar é inevitável,
dê mesmo, dê sempre, dê muito.
Mas dê mais ainda,
muito mais do que qualquer coisa,
uma chance ao amor, esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa,
cura o mau humor,
ameniza todas as crises e faz você flutuar

Mas... experimente ser amada."


Autor: Luiz Fernando Veríssimo

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Só macho beta tem medo de mulher alfa!


Tenho um amigo que me chama de feminista... Aliás, um só não, vários. E quando vejo esses amigos me analisando dessa forma, costumo pensar o seguinte: ah, se vocês soubessem o quanto têm que aprender com relação ás mulheres, o fariam o mais rápido possível! Pois bem... Uma coisa é ser tachada de feminista por homens que acham que entendem de mulheres, mas que na verdade precisam aprender, e muito sobre nós. Outra, é achar um texto como esse, escrito por um homem, e ter que tirar o chapéu pro cara, ainda que sem conhecê-lo, pois foi lendo esse texto, que compreendi que ainda que raros, existem homens capazes de entender a nova safra de mulheres que despontam neste século, e que com certeza, já fazem e farão toda diferença!!! Desta forma, só posso deixar aqui, meus sinceros parabéns ao autor do texto Ricardo Coiro. Segue o texto na íntegra:


Machos do meu Brasil, do mundo e de Marte, afivelem bem os cintos, pois a mulher alfa acaba de assumir o volante de vez. Esse exemplar de fêmea Mega Power² não aceita ter uma bunda gostosa que só serve para rebolar, muito menos quer ostentar nádegas eternamente passivas, destinadas sempre ao banco de passageiros. Ela agora está no controle. Pilota sem medo um conversível furioso, passando rímel enquanto faz uma baliza perfeita. Quebra todos os limites impostos pelo machismo de museu e, com toda certeza, não pisará no freio, mesmo que o Vin Diesel, aos prantos e aterrorizado, peça para sair.

Ela possui um poder notável, capaz de fazer o Capitão Nascimento parecer um mero usuário de fraldas. Ela transpira rios de segurança, mas nem por isso borra um milímetro sequer da maquiagem feita com a maestria de um pintor renascentista, enquanto simultaneamente amamenta gêmeos, lê o jornal do dia, joga sinuca e ainda planeja dominar o mundo. Sim, as mulheres alfa um dia farão com que a Terra seja conhecida como “planeta rosa”, ao invés de planeta azul.

A mulher alfa gosta dos homens, claro que gosta, mas aprendeu muito bem a não depender deles, para nada. Elas trocam pneu sem descer do salto. Abrem o vidro de azeitona com a ajuda de tutoriais científicos do YouTube. Criam técnicas femininas para sobrevivência na selva, sendo capazes de quebrar cocos com o auxílio do salto agulha e de fazer fogo utilizando apenas um laquê. Sem contar que elas geralmente dominam as mais cruéis modalidades de defesa pessoal e, ao menor sinal de ameaça, extinguem testículos com a mesma facilidade de quem estoura um plástico bolha.

Elas chegaram lá, no topo da aparentemente imutável cadeia alimentar e, para isso, não precisaram injetar nem uma gota de testosterona nas veias. Nem mesmo recorreram aos bigodes postiços ou tiveram que prender o cabelo e escondê-lo dentro da cartola. As mulheres alfa assumiram a presidência, a direção, os campos de futebol, os ringues e qualquer lugar antes só destinado aos homens, mas nunca, por nada, abriram mão daquela feminilidade que tanto amamos.

Hoje elas tomam uísque sem gelo, mas nem por isso deixaram de se derreter quando se deparam com um filhotinho de labrador. Hoje, elas seguram firme a rédea de uma empresa multinacional, mas lindamente não conseguem segurar as lágrimas quando o mocinho, enfim, pede a mocinha em casamento no cinema. Hoje, elas não têm o menor medo de lutar com unhas e dentes por direitos iguais, mas felizmente, ainda pulam em nosso colo e nos agarram forte quando encontram uma barata, um grilo, um rato, um morcego, um besouro, uma formiga ou até uma mariposa. Não porque precisam – apenas porque querem.

Vejo muitos homens dizendo por aí que ainda preferem as mulheres submissas, dessas quase escravas. Barbados que vivem defendendo o retrocesso e a volta das mulheres de Atenas, que viviam, secavam e morriam pelos maridos. Na minha humilde opinião, tais homens só gostam dessas “Amélias”, pois só ao lado delas conseguem fingir que são machos alfa e líderes de alguma coisa, quando na verdade eles não passam de homens Zeta, lotados de insegurança e frustrações. Eternos bundões que nunca conseguiram nem o cargo de chefe dos escoteiros e que passaram a vida toda sofrendo pela desobediência do próprio cachorro.

Eu não quero uma mulher que dependa de mim, não preciso disso para fingir que sou superior a alguma coisa. Eu quero mesmo é admirar a mulher que estiver ao meu lado, ou à minha frente, por que não? Quero aprender com ela também, não apenas ensinar. Quero olhar nos olhos dela, enquanto ela me conta como foi o dia e pensar: “Caralho, como é que ela é capaz de fazer tudo isso e ainda consegue me fazer tão feliz?”.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Relacionamento


Esse texto do Arnaldo Jabor caiu como uma luva pra mim, pelo momento que estou passando... É realmente interessante, e vale á pena ler, porque nos faz refletir acerca de situações que envolvem relacionamentos, dos quais todos nós em algum momento da vida já passamos ou teremos de passar. Espero que gostem...


Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa:
- 'Ah, terminei o namoro... '
- 'Nossa, quanto tempo?'
- 'Cinco anos... Mas não deu certo... Acabou'
- É não deu...
Não deu? Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou.
E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.
Não acredito em pessoas que se complementam..
Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.
Pele é um bicho traiçoeiro.
Quando você tem pele c/alguém, até o papai e mamãe + básico é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... E se o beijo bate... Se joga... Senão bate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta.
Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.
O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê pití.
Se a pessoa ta com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta.
Nada de drama.
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você.
E vice versa.
Não fique com alguém por dó também.
Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Gostar dói.
Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração.
Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Enfim... Quem disse que ser adulto é fácil?"

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Conte até dez... A raiva passa, a vida fica!

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) lançou hoje a Campanha intitulada “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, que tem como objetivo promover a reflexão dos brasileiros sobre os homicídios que são cometidos por impulso e por motivos fúteis. Ah, mas e o que eu tenho a ver com isso, você pode estar se perguntando neste exato momento! Coleguinhas, é o seguinte: achei essa campanha mais que interessante, e me fez refletir muito, aliás, creio que exatamente por ter passado uma situação muito chata hoje no trânsito.



Eu estava a caminho da minha casa, para ir almoçar. O trânsito aqui na minha cidade, que costumo chamar de "Hortohell", (sim, porque atualmente nossa cidade está um verdadeiro inferno), está completamente caótico! Em horários de pico então, há dias em que a situação fica insuportável. Mas enfim, como eu estava dizendo, estava eu, linda e feliz dirigindo o meu carrinho a caminho de casa, quando entrei em uma das ruas mais movimentadas aqui do centro, justamente num dia em que a bendita estava recebendo faixas de sinalização. Eu morrendo de fome, com certa pressa em chegar em casa, claro, quando me deparo com um demente descendo a rua á marcha ré...

O pior de tudo, o cara vinha numa velocidade ferrenha, e com certeza não tinha visto meu carro no seu retrovisor. Qual foi então a minha reação? Óbvio, automaticamente meti a mão na buzina, pra alertar o "motorista fodão e distraído", que além de estar errado por fazer uma manobra arriscada, ele poderia causar algum acidente. Mas não, ele não só não admitiu o erro, como começou a me xingar de tudo que era nome.  
— Em nome de Jah!!! Pára tudo!!! Eu pensei comigo: filho de uma boa mãe, se eu tivesse uma arma, esse cara morria agora mesmo.

Deixei o babaca ir embora, apenas olhei pra cara dele e lancei um sorrisinho sarcástico de como quem diz: "vai trouxa, isso; você realmente deve estar muito desesperado, ou vai tirar o pai da forca, pra poder estar fazendo essa merda toda"! Logicamente que na minha cabeça, eu tava matando o cara naquele momento. Mas voltei á realidade e refleti: 
— o que vai adiantar eu tentar bater boca com um infeliz desse? Isso vai me fazer sentir melhor? E se o cara é quem tiver uma arma? Talvez ele desça do carro, me dê um tiro bem no meio das minhas fuças, e quem morre sou eu...

Deus me livre! Ainda bem, vai saber se não fosse realmente esse o caso. Eu é que não queria pagar pra ver. Confesso que não sou muito calminha em relação á barbeiragem no trânsito. Tá, ok, todo mundo comete uma em algum momento da vida, inclusive eu. Mas justamente hoje, ao invés de revidar os xingamentos que eu recebi, eu apenas sorri e acenei. Ah, e ainda fiz cara de paisagem! Bem, mas o que de fato quero dizer, é que a situação que vivi hoje, foi apenas um exemplo. Quantas mortes no trânsito são causadas por motivos fúteis, por que alguém cometeu uma graça, ou um erro infeliz, e o outro foi lá, bateu boca e... PUM!!! Tomou um tiro no meio da cara, de graça, por bobeira!
Minha sorte que hoje eu estava em uma sintonia diferente do cara da barbeiragem. Eu percebi pelo rosto dele que ele estava super nervoso, e eu, bem, hoje graças ao bom Deus estava “zen”, coincidentemente ouvindo uma música que adoro “Come as you are” do Nirvana, uma das minhas bandas preferidas!

Viu a diferença? Claro né? Porque se eu tivesse batido boca com o cara, ou entrado na sintonia dele, poderia talvez ter aumentado as estatísticas de morte no trânsito por violência, e simplesmente não ter escrito esse texto! Então é isso queridos. Vamos refletir se vale á pena desprender uma grande quantidade de energia, ficar irado, bater boca, começar uma discussão por motivos banais. Você vai ficar azedo, seu dia vai ficar torto e cinza, e você, claro, você não vai se sentir bem, sem contar que vai passar por papel de idiota. Relaxa! Conte até dez... até cem... até mil se for preciso, mas lembre-se: a raiva passa, e a vida fica! Afinal, é tão bom viver não?








quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Diário de uma perereca depilada


"Tenta sim. Vai ficar lindo."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve, mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

 - Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às.... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.
Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal.  Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.
Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente, ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- É... é, isso.

Penélope, então, deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco, senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia p-o-r-r-a nenhuma do que ela fazia. Mas confiei.

De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.  
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes.

O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todas porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não..

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios? Putz, que idéia.
Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação. Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto. Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blá-blá-blás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci a Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o "olho que nada vê". Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, pei-dar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente. Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bun-da tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha mais pra contar a história. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Por-ra.. Por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cú. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança.

Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada e matar o primeiro homem que ver e não comentar absolutamente nada.!!! Não fiz nada disso... Um mês depois...

- Normal ou cavada?

Coisas de perereca, vai entender...

FONTE: Autor(a) desconhecido(a)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

A HISTÓRIA DO COCÔ... ISSO MESMO: COCÔ!!!


Estorinha muito engraçada tirada do blog http://lucianalevy.com.br
Me fez rir bastante, e resolvi postar pra fazer o dia de vocês, meus amores, mais engraçadinho...
Boa leitura e divirtam-se!







Um amigo me contou que um amigo…
Toda história que começa assim parece lorota. E talvez seja mesmo. Mas meu ponto é, se arrancar umas boas risadas, que mal tem?
Bom, um amigo me contou que uma amiga dele (é sério!) viveu momentos inesquecíveis. Até para mim que não a conheço, mas a adoro por me fazer rir tanto.
Ela tava saindo com um gatinho, super curtindo, comecinho de paixonite, delícia!
Uma noite, depois de um rolezinho, foi pra casa dele. E dormiu lá.
Ele, que, ao contrário dela, ia sair cedo para trabalhar, foi um querido. Deixou a chave reserva da casa com ela, falou para que ficasse a vontade, acordasse no seu tempo, tomasse café, e quando fosse embora, que jogasse essa chave para dentro, por debaixo da porta, que ele recolheria quando voltasse do trabalho.
Pois bem, a menina acordou, tomou café, deu uma fuçadinha básica e saudável nas coisas ao seu redor, quando de repente… Dor de barriga.
Ninguém controla essas coisas, mas tem gente que vai ao banheiro de manhã e pronto, esteja onde estiver.
Como estava sozinha na casa, foi ao banheiro sem se preocupar, fez o que tinha que fazer e quando chegou o momento de mandar para o mundo sua obra de arte, a surpresa: a descarga estava quebrada!
Nessas horas sempre me vem a frase do Chapolin na cabeça: “Palma, palma, não priemos cânico”… Mas outras coisas se passaram na cabeça dessa pobre garota.
Pobre, não, com certeza não. Principalmente, porque qualquer pessoa que já passou por essa situação, sabe o que fazer. E para quem não sabe, eu conto. É só encher um balde d´água e jogar na privada, tudo vai embora como se você tivesse pressionado a mágica descarga.
Mas essa menina achou que teve uma ideia melhor. Pegou um saquinho plástico (ai, eu odeio essa parte) recolheu suas fezes e decidiu que o jogaria no lixo da rua.
Antes de ir embora, porém, pensando em retribuir a fofura do gatinho, quis deixar um bilhete para ele. Algo do tipo:
Adorei a noite, foi uma delícia!
Vamos repetir?
Sentindo-se bem, pois toda mulher sabe como é difícil ser fofa sem ser melosa demais, foi embora. Saiu, trancou a porta, jogou a chave para dentro e quando se virou para pegar seu precioso saquinho de fezes.. !!!…!!!…
Sim, é isso mesmo.
O desespero maior do mundo.
O saquinho tinha ficado em cima da mesa, ao lado do bilhete.
Vou pular a parte das suposições de como o cara interpretou o recadinho fofo com um saco de merda ao lado, o cheiro que a casa dele devia estar quando ele chegou, as tentativas em vão dela tentando convencer o porteiro a abrir a porta de algum modo para ela.
O ponto é que ela foi embora. Largou a situação desse jeito e ela e o cara nunca mais se viram depois disso. Também, né?
Não é sacanagem rir do desespero alheio, até porque a empatia com o que a menina deve ter sentido é tão grande, que não consigo controlar a risada. Imagino também ele chegando em casa, o cheiro devia dar para ser sentido do corredor.. Merda humana fede muito!
Adoro essa história, e se ela for mentira, adoraria ouvir mais de quem a inventou. Mas se for real, a menina deve ter vergonha e odiar todos, que como eu, reproduzem esse causo e gargalham dele.
Mas oh, quem quer que você seja, eu te adoro e sou eternamente grata, porque é o tipo de coisa que me anima, que faz meu dia, por pior que ele possa estar sendo, não parecer tão ruim! Afinal, meu cocô foi descarga abaixo!



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

HOMENS OFERECIDOS

Sim, eles existem... Houve uma época  em que eu pensei que apenas as mulheres se ofereciam, mas eis que, zás... Encontro um tipo perfeito de "homem oferecido", daqueles que só faltam se colocar numa bandeja e pedir pra você comê-lo. Imagine a seguinte cena: você já de pijama, em uma noite fria de doer os ossos, vagueando pela internet ao mesmo tempo em que assiste sua série preferida na TV (sim, eu gosto de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo).
De repente, o cara te chama no chat do facebook;  papo vai, papo vem, ele diz que quer te ver. Mas está frio, e você sem a mínima vontade de imaginar que terá que trocar de roupa para receber visita (sem contar que ele já havia se oferecido dias antes pra ir na minha casa). Então você dá uma desculpa qualquer, mas o cara é insistente, e se esforça de todas as maneiras pra tentar te convencer de que seria bom demais vocês ficarem juntos naquela noite...




Cacete!!!! Que parte de "não estou a fim de ficar com você hoje meu bem", o cara não entendeu? Em muitos casos, acho que seria necessário fazer um desenho em uma cartolina, pra poder tentar passar a mensagem de uma forma mais clara. Particularmente, eu perco totalmente o interesse se o cara começa a se oferecer demais. É a mesma coisa que acontece com um homem, quando uma mulher começa se oferecer. Qual o efeito disso sobre o coitado? Vontade sair correndo, fugir para as montanhas, é claro.
Eu não sei qual a dificuldade de algumas pessoas, homens e mulheres, em aceitar que quando alguém diz NÃO, é porque ela realmente está querendo dizer NÃO e não fazendo charminho, ou bancando a difícil.
Por incrível que pareça, essas pessoas têm uma enorme dificuldade em aceitar isso. Seria bem mais simples se simplesmente aceitassem... ou não?
Só queria dar um conselhinho, de amiga, para os homens: entendam que algumas mulheres, assim como vocês, providas de autenticidade e desejo próprio, quando dizem não, realmente estão querendo passar a  seguinte mensagem: NÃO ESTOU A FIM DE VOCÊ... simples assim.
Portanto, usem do bom senso, e tentem um outro dia, ou uma outra pessoa. Vai ser bem mais simples, e fica a dica também, para as mulheres, é claro. Aposto que nenhum pedaço de vocês será arrancado, nenhum dedinho vai cair, nenhuma "desgraça" se abaterá a sua vida e blá, blá, blá... E reflitam: ninguém dá valor ás coisas/pessoas fáceis; o legal da conquista, é você ter de batalhar para conseguir o que quer. Tudo o que vem fácil, sem ter que se fazer esforço para conseguir, não é valorizado, não tem gosto de quero mais. Eu particularmente, adoro o sabor da conquista, gosto das coisas difíceis mesmo, pra mim o que é fácil não tem graça. Quando suamos a camisa para conseguir algo, é que vamos valorizar, seja na vida pessoal, na vida amorosa... Fica portanto, a dica aos oferecidinhos de plantão: VALORIZEM-SE!